terça-feira, 4 de maio de 2010

Acredita - Cartas guardadas

(Ouvi aquela canção do Boss AC chamada «Carta que nunca escrevi» e decidi editar algumas cartas que escrevi ao longo da vida guardadas no caderninho, cartas que no fundo escrevi para mim)


Acredita, estas serão as minhas ultimas palavras para ti.
Não me soubeste estimar, aliás, eu não me soube estimar.
Acredita, já não me vou magoar mais, sentir a raiva que nasceu de algo que eu pensei ser belo.
Acredita, foi o ultimo credito que tinha para ti.
já não há mais lenha para queimar, mentiras para ouvir.
Acredita, não te vou atender, não vou entender mais a tua condição de existir.
Acredita, conheci-te no primeiro instante, esqueci quem eras no minuto seguinte, mas já sei quem és.
Acredita, desejo boa sorte aos que te rodeiam e que recebem o teu charme.
Acredita foi só um desejo animal, nada mais.
Acredita, pensei que fosses mais que um palmo de cara, és pouco mais.
Acredita, um homem não quer um naco de carne insensível, ébrio e leviano.
Acredita, um homem precisa é de uma mulher. Sê mulher.
Acredita, estragas tudo, deitas tudo a perder, não consegues aprender.
Acredita todo o sofrimento que causares mais tarde te causara dor também.
Acredita, a vida não é uma pista de dança.
Acredita, resta acreditares, que não és nada disto, o mais difícil será prova-lo a ti própria.
Acredita, que eu acredito no que escrevo.

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