quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Personagens de um imaginário bem real

Agora não, estou a meio de uma pequena viagem, amanhã registo este pensamento.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Manual do ocaso

"









". E assim vazio foi o ocaso.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Carne ou uma questão de peso

Esta forma de cá andar é um pouco estranha mas é forma, eu não escolhi, simplesmente fui e sou, não é opcional. Venho falar de mulheres, sim no plural, porque se singularizasse, alguém cairia no erro de se achar a dita, e aqui nesta forma de ser já não posso permitir lugares especiais ou cimeiros. Elas que as imagino faz tempo e concretizo há menos, são um verdadeiro desafio, ou não, serão talvez apenas mulheres triviais, movendo-se em Vénus com os olhos metidos em Marte e em seus prazeres proeminentes, tão sensíveis e ao mesmo tempo voláteis ao que se passa no planeta guerreiro e atreito a sensiblidades. Sou dificil com vida dificil, dificil de me fazer entender por elas, por vezes é dificil explicar que sou mais que metro e oitenta e 75 kilos com um pedaço de musculo erecto e uma lingua dançarina, sou um ser respirante tanto como uma pedra, não mais, a diferença reside no conteudo e não na embalagem. Já fiz merda, arrependi-me e a seguir desarrependi-me, não teria saboreado Vénus de prismas tão distintos e no fundo tão iguais, tão iguais como nós os Marcianos, que no fundo não valemos nada, tanto quanto as vizinhas de Vénus. Consegui enfim escrever sobre Carne no sentido Carnal, tenho tentado objectivar frases nesse sentido, mas em vão, foi preciso chegarem ventos de Vénus, ventos que me feriram a pele que me reveste a carne, para que eu caisse em mim, matei assim o espirito, pus de lado as reservas e lançei-me neste texto sincero, magoado, magoador, mas que vale o que vale, nada. Para todas vós venusianas que imagino há muito tempo e há menos concretizo, pluralizando-vos na minha vida, não destacando uma, mas tornando-vos uma, na figura de Mulher, o desejo, o problema, a dor, cuja solução é continuar generalizando sem fazer caso de vosso nome, cheiro ou o que seja, eu por cá estarei, não por alguma, mas por aquilo que me deram como sendo vós, carne como eu, Carne sequiosa de prazer com recheio de dor.
A coisa que mais desejei da mulher foi que se entregasse à minha luta, que me apoia-se incondicionalmente, que não temesse, que fosse parte de mim, uma vez que quem mais perto de mim esteve nunca me fez sentir a verdadeira essência do amor, eu trai, procurando estes predicados apaixonados noutra mulher, que de facto não os tinha, haverá por ai uma mulher ao meu jeito, sem receio de seus pais, de seu emprego, de seu doutoramento, de seu carro, de sua pele, de seu pêlo, de seu cabelo, de sua roupa, de sua pilula, de suas amigas, de seus amigos, de seus hobbies, de seus horários, do estado do tempo, de seu sono. Não vos quero ouvir ou ler quando falarem de Amor, vós o estragais, todas aquelas que tomei de exemplo, era tudo uma questão de peso.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Manual da solidão

Era capaz de escrever um manual sobre a solidão, porque estamos numa relação. Ela tem-se revelado a melhor companhia, ela reina na ausência de todos. Alguns em tempos clamaram pela minha presença nas suas vidas, puro egoismo deles, olha para eles hoje onde estão? A fazer o mesmo em outro lugar qualquer. Quando escrevemos abrimos portas do nosso intimo, expomos os nossos sentimentos, eu prefiro bradar e dizer que não te quero ouvir subtilmente dizer: afasta-te. Nem a ti nem a ninguém, pois não preciso de nenhum de vós quando a solidão tem sido mais presente que todos.