sábado, 23 de fevereiro de 2008

Forasse

Forasse, o grito do ipiranga foi um forasse, um daqueles gritos presos e que se projectam com a força de um touro investindo. Um gajo põe-se em frente ao monitor e começa a despejar sopa de letras que ninguém vai ler. Alguém me consegue explicar o porquê! Como diria Pessoa « doí-me a cabeça e o universo» e vocês foram apanhados a meio da minha enxaqueca. Ando numa de passar mensagens porque existem actos que não se podem ter, alguém me obrigou a passar dentro dum funil, para isso tenho de ficar muito pequeno para poder caber no reduzido buraco, mas essa ideia de te reduzires à expressão mínima não tem piada nenhuma porque toda aquela massa fica comprimida e começa a pressionar-te cada vez mais até que um dia - tcharan - grito do ipiranga - forasse. Já agora uma pequena reflexão: viver é beber e apreciar a água como se bebesses uma cerveja, respirar como quem inala uns fumos, comer os macacos do nariz como quem mete uma trip, e snifar o próprio ranho, ao fim ao cabo o que fazemos quando crescemos é trocar uns prazeres por outros.

Dadaismo

Escrever é um exercício mental e este texto é um exercício dadaista e uma forma de ocupar um espaço vazio com formas cuneiformes, maneiras de dizer coisas para serem lidas 3 vezes e mesmo assim ficarmos a anhar. Não é preciso fazer sentido é uma questão de fluidez, detesto escrever sem acentos e os e confundem-se com os é, tão a ver onde quero chegar, no fundo não estão a perceber eu sei, mas eu não quero mesmo chegar a lado nenhum, triste mas real. Se querem criticar o que eu estou a escrever façam algo mais louco ainda. Ao menos libertem-se dos espartilhos por apenas um instante e façam-no, vocês precisam de virgulas insensatas nas vossas vidas.Forasse que cena marada, salame e leque. Tiburcio