sábado, 31 de julho de 2010

Kolmi fora de horas

Mais uma noite mal dormida repleta de voltas na cama, pensamentos zipados que não consigo unzipar, a noção de decisões e atitudes adiadas e uma mensagem por mandar porque o saldo era negativo, tal como tudo o resto na minha vida. Optei por um Kolmi, como que a dizer: Liga-me estou desesperado e tu és a pessoa que sinto poder ajudar-me, contudo sabia que não obteria resposta e ainda alvitrei a tua condição no momento em que o recebeste. Foi um postal que desencadeou a insónia, a sua mensagem terminava assim: « e quando nada correr bem eu estou aqui». Estavas sim à distância de um Kolmi fora de horas e que compreendia em si a mensagem de que me sinto desvanecer e que em momentos penso se deveria cá andar, se não haverá de facto um dia radioso, poderá haver mas não será através de um Kolmi fora de horas.

sábado, 24 de julho de 2010

O Pedagogo

Ouvi isto de dentro de uma cozinha em Alfama, concerteza conversa de pai para filho:
- Opá esquece, se ela já se meteu debaixo do outro esquece.
- Mas eu gosto dela pai!
- Um homem gosta é de si, a mulher gosta é de ca*****, á por ai tanta c*** húmida e o filho da puta do meu filho embasbacado.

Pensei para mim, que bela pedagogia.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Elis Regina - Moda de Sangue

O Amor não acaba por decreto

O amor não acaba por decreto, nem sequer na véspera, mas sim, ele tem um fim, talvez seja difícil definir o momento. Teimosia em amar pode conduzir-nos á insanidade, procuro remédio em fingir não amar, não ver, não sentir. Estás melhor assim? Talvez estejas, talvez seja esse o sorriso fixo na tua cara o que aguardavas. Eu observo os teus sorrisos no entanto faz tempo que não vejo nenhum sorriso teu.

Sobreviver

Repito continuamnte a mim próprio: Força, determinação e intelecto. O coração não manda, tu mandas. Tu vives.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Ano rapidus

Eu direi que este é o ano que está a passar mais rápido na minha vida... Que os próximos 90 dias a seis meses passem então a voar.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Erva verde cortada rente 3

O Velho rezingão prosseguiu, tentando parecer desinteressado na presença do menino. Construía em sua volta um muro de tijolo usando suas mãos fortes que empunhavam uma colher de pedreiro que agia freneticamente sobre a massa, de quando em vez um olhar de soslaio para o menino, rapidamente disfarçado pois não queria dar a entender a sua curiosidade em relação a ele.
Diz-me senhor, deves gostar muito dessas pedras, para as amontoares entre si? - atirou o rapazola - todas elas certinhas, só não compreendo porque o envolvem, se continuares ficarás incontactável.
Ora ora, é isso mesmo que desejo, isolar-me de ti e do resto do mundo - respondeu o velho - em breve não me verás mais, nem esse mundo cruel em tua volta, ficarei só e feliz dentro desta chaminé, e se necessário levanto-a tão alto até que colida na lua, não quero ser perturbado.
Achais o mundo cruel? - estranhou o menino - eu acho-o tão interessante e curioso, quero é descobri-lo, abraça-lo e não empilhar pedras que me afastem de si, és muito estranho senhor.
O idoso caiu de joelhos no chão, levou a mãos á cara e colheu uma lágrima, respondeu com a voz mais suave e sincera: Meu menino este mundo já mais nada me dá que dor, uma dor muito profunda, já tive a minha dose de sofrimento, queria apenas isolar-me das memórias dolorosas, e em verdade há muito que não ouvia alguém tão sábio na sua simplicidade.
O que é um sábio? - questionou a criança - sabes senhor és divertido, larga as tuas pedras as flores, as Árvores são mais interessantes e coloridas.