sexta-feira, 2 de abril de 2010

Homo-literatus

Todo e qualquer texto pode ser o tal, que assenta o devaneio e empoeira as vistas incautas com vislumbres tresloucados.
Como posso eu escrever se de facto não leio.
Serei eu maior, que as cores que maquilham o cinzentismo.
Quero aprender palavras novas.
Idiossincrasias.
Ou outra coisa qualquer.
De facto estes são dias de recolha, primeiro observo e digiro, depois... Eu sou a ideia.
Franco demais, ingénuo, iniquo de tão inócuo.
Prolifico e intenso, não me convoquem para a guerra, eu posso ganhá-la.
Eu sou suricata mascarada de ovelha com pele de lobo.
Eu sou o louco vestido de nú, calçado de homem.
Sou aquele que conhece só uma maneira de existir.
Tudo numa só palavra, ainda não reconhecida ou homologada,
talvez porque o autor ainda não teve a ideia.
Ainda estou a analisar as portas.
Na minha recolha irei encontrar a minha sapiência, ísolado no meu iniquo de tão inóquo existir ou prolifico e intenso genuino viver.

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