
Há três mil amo-te atrás, Gaiato conheceu-a ainda menina de seus dezanove anos, sorriso inocente, frescura da juventude, apaixonou-se por suas fragilidades e pensou: creceremos juntos.
Gaiato era sonhador e prisioneiro do destino, bem intencionado mas pouco conhecedor de si próprio, perdeu a noção do amor e reinou na confusão, ela ainda menina, sempre sofrida regou o vestido de lágrimas, lágrimas essas que até hoje não secaram e ainda lhe encostam o vestido ao corpo curvilineo e bem assente.
Não colheu portanto Gaiato bom fruto do que semeou, apenas imagens que o acompanham e torturam, mas que lhe moldam como Homem. Sim, Gaiato ontem, hoje Homem passados três mil amo-te.