segunda-feira, 27 de abril de 2009

A mulher, a musa.

aquele artista tem uma musa secreta
e está apaixonado por um desenho
de Milo Manara

a sua musa vive num castelo
no alto de um monte habitado
por seres mágicos

aquele artista vê a sua inspiração
dedilhar-lhe uma corda
em volta do pescoço

a sua musa é uma égua selvagem
que gosta de correr os vales
solta como uma brisa

o artista vive do belo
que nela existe, mas...
há mais belo no mundo?

e ele rejubila com as criaturas aladas
que o arquitecto criou,
existem por ele

perdida uma musa
outras se acharão,
para serem personificadas

quando mais musas
não houver,
ele as irá criar

tal como Milo Manara
desenhou a mulher
com vida

ele inventou a égua
que num dia de sol
a brisa levou

3 comentários:

Catarina Alves disse...

O artista vê impressionado aquele livro de Manara, folheia todas aquelas folhas, fantasia com todos aqueles personagens. Ele tem a sua preferida, a quem lhe deu o nome de musa....

Catarina Alves disse...

Por breves instantes, a musa revela-se, tocando no coração do artista. Envolve-o na sua dança ...

Catarina Alves disse...

Ele dança, e dança, e dança, vai e vem, continuamente.. Aquele movimento incessante, a fusão dos seus corpos... tudo se torna um tanto ou quanto.. irrelevante??!